Estudantes e professores analisam os factores socioeconómicos por trás do aumento da criminalidade na capital de Angola
A coordenação e os estudantes do Curso de Sociologia da UniPiaget realizaram uma palestra no dia 7 de Junho, sob o lema "Ondas de Assaltos em Luanda e os seus Factores Socioeconómicos", no Auditório 5.05 da instituição.
As palavras de boas-vindas foram proferidas pelo Decano da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, MSc. Dorivaldo Guedes, que destacou o objectivo da palestra.
“Trazer uma análise sociológica sobre as causas e os tipos de crimes, bem como os diferentes problemas vivenciados na comunidade luandense, particularmente em Viana e Capalanga".
O palestrante Dr. Heitor Simões, sociólogo e docente da instituição, sublinhou a relevância e a preocupação com o tema. "Nos últimos três meses, houve um aumento significativo no volume de crimes em Luanda, o que preocupa autoridades, a sociedade que produz conhecimento e as famílias, visto que o crime é um fenómeno social. Os principais factores que contribuem para os crimes e assaltos são a motivação financeira, desigualdade socioeconómica, drogas e vícios, falhas no sistema de justiça criminal, falta de segurança e medidas preventivas".
Dr. Simões também destacou que a principal forma de combater o crime está nas soluções inclusivas. "O processo de construção das soluções passa por procurar as melhores ideias e caminhos sem excluir ninguém. A questão das armas é extremamente importante no contexto da nossa sociedade, e é preciso que o governo tome medidas para controlar o uso de armas usadas na violência".
A estudante do 4º ano do Curso de Sociologia, Domingas Timóteo, elogiou o tema abordado por sua relevância educativa, dado o alto número de assaltos na capital. Ela aconselhou os jovens que cometem esses actos criminosos a buscarem ajuda para conseguirem uma profissão e ganharem dinheiro de forma justa.
Ao final da actividade, os estudantes do quarto ano homenagearam o professor Heitor Simões, o Coordenador do Curso de Sociologia Célcio Suzana e a professora Cristina de Andrade com peças tradicionais do artesanato angolano.
Por: Joana Martins
18 de junho de 2024